Fauna Terrestre
Comprometida em evitar, minimizar e compensar os impactos negativos de suas atividades sobre a biodiversidade, a Copel desenvolve uma série de programas ambientais voltados à conservação da fauna terrestre.
As ações incluem principalmente três etapas: levantamento, monitoramento e o salvamento e resgate da fauna. O levantamento tem como objetivo identificar quais espécies são localizadas na região. O monitoramento objetiva a avaliação dos impactos do empreendimento sobre a fauna silvestre, de forma que são avaliadas as características faunísticas antes, durante e após a implantação de uma obra. Já o salvamento e resgate de fauna é realizado durante a supressão vegetal e/ou inundação das áreas, evitando e mitigando, desta forma, os impactos diretos sob a fauna.
Além disso, outros programas ambientais contribuem diretamente para a conservação da fauna terrestre, como os voltados à recuperação de áreas degradadas, a compensação ambiental com plantio de espécies nativas e a inspeção e o monitoramento constantes nas áreas da Copel.
Resgate e Salvamento
A Copel realiza Programas de Salvamento e Resgate da Fauna quando é necessária a supressão de vegetação nativa para instalação de empreendimentos. Esses programas são propostos nos estudos ambientais e constituem condicionante do órgão ambiental para instalação de empreendimentos.
Em atividades como o corte de vegetação e o enchimento de reservatórios, habitats da fauna podem ser afetados, por isso são desenvolvidos programas que tem por objetivo mitigar impactos da instalação de empreendimentos à fauna silvestre.
Os programas são executados por uma equipe capacitada, que utiliza técnicas de manejo de fauna, com protocolos de segurança. Nessas situações, é preferível que o animal fuja das áreas afetadas por conta própria, sendo realizadas medidas de afugentamento para isso.
Entretanto, alguns amimais não tem condições de fugir sem auxílio por utilizarem estratégias de se esconderem em baixo do material suprimido ou por algum ferimento. Após o resgate, os animais em boas condições de saúde são soltos em áreas seguras, caso necessário, ocorre o atendimento veterinário. Nos casos em que não há possibilidade de retorno à natureza, encaminha-se para instituições especializadas.
Além disso são realizadas palestras e reuniões com a equipe da implantação da obra, para explicar a importância da fauna e da execução do programa, orientando e conscientizando os colaboradores para que prezem pela preservação da fauna em suas rotinas de trabalho.
Monitoramento nas áreas da Copel
O monitoramento da fauna é uma ferramenta fundamental para o aumento do conhecimento e estabelecimento de estratégias de conservação de espécies ameaçadas.
O objetivo, no âmbito da implantação e operação de empreendimentos da Copel, é identificar eventuais impactos ambientais decorrentes das atividades, especialmente nas áreas mais importantes para a conservação da biodiversidade.
As atividades de monitoramento da fauna consistem em exigência legal do licenciamento ambiental dos empreendimentos e geram informações essenciais e, muitas vezes, ainda não conhecidas sobre as espécies de fauna local, como é o caso dos programas de monitoramento da fauna da LT 500 kV Araraquara – Taubaté, da UHE Colíder e da UHE Mauá.
O Subprograma de Conservação e Monitoramento da Fauna foi iniciado em agosto de 2010 para monitorar quatro grupos de animais vertebrados terrestres (anfíbios, répteis, aves e mamíferos) na área de influência direta e indireta da UHE Colíder, durante suas fases de construção e operação. Foram realizadas campanhas trimestrais em três áreas de amostragem, de 2011 a 2021, totalizando 37 campanhas, sendo 24 delas realizadas na fase pré-enchimento e 13 na fase pós-enchimento do reservatório.
A riqueza obtida com esses estudos foi bastante expressiva, com um total de 861 espécies registradas, sendo 166 espécies da herpetofauna (anfíbios e répteis), 548 de aves e 147 espécies de mamíferos. O monitoramento registrou espécies pouco conhecidas pela ciência, algumas típicas da região amazônica, como os macacos-aranha (Ateles chamek e A. marginatus), os sauás ou zogue-zogue (Callicebus moloch) e espécies migradoras como a maçarico-grande-de-perna-amarela (Tringa melanoleuca) e, ainda, outras não esperadas para o bioma.
Iniciado em janeiro de 2010, o monitoramento da fauna da UHE Mauá, atual Usina Governador Jayme Canet Junior, teve por objetivo avaliar o impacto da supressão da vegetação e do enchimento do reservatório sobre a fauna da região, por meio do diagnóstico e acompanhamento das comunidades de aves, répteis, mamíferos e anfíbios. O estudo realizou amostragens que consideraram variáveis ambientais importantes na tentativa de identificar os efeitos diretos do impacto sobre a fauna.
As coletas de dados foram realizadas em três áreas independentes: duas dentro da área de influência direta da usina e uma mais distante, cerca de 15 km das demais. O projeto foi concluído em abril de 2015.
Adicionalmente a este projeto, foi executado na região um programa de monitoramento específico de algumas espécies consideradas de interesse conservacionista, realizado entre 2013 e 2014. Maiores detalhes sobre os resultados destes projetos podem ser encontrados nos relatórios citados abaixo.