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Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento

A Inovação, atrelada à Pesquisa e Desenvolvimento, é tema material para a Companhia, cujas iniciativas são desenvolvidas por diversas diretorias, principalmente no que diz respeito à cultura de inovação.

Além da cultura, melhorias significativas estão sendo implementadas nos processos. Além dos investimentos orientados pelo arcabouço regulatório de P&D da Aneel, a Copel vem estruturando o processo de inovação corporativa, com a inserção do tema no Referencial Estratégico, a instituição do Comitê de Investimento e Inovação, composto por três membros do CAD, o estabelecimento de uma Tese de Inovação e de uma Tese de Investimentos em Inovação, além de ser objeto da Política de Investimentos.

Com o intuito de alavancar novos produtos e serviços na área de energia e fortalecer o posicionamento da Copel junto ao ecossistema da inovação em 2021 foi criado o Copel Volt, programa de inovação aberta cujo objetivo é que startups desenvolvam, com apoio financeiro e técnico da Copel, provas de conceito (PoCs) buscando as soluções mais inovadoras para enfrentar os desafios levantados pela Companhia, gerando valor para as partes interessadas da Copel.

Em 2023 a Copel deu um passo adiante no movimento de Inovação Aberta ao lançar seu primeiro fundo de Corporate Venture Capital (CVC). Com um investimento inicial de R$ 150 milhões, o Copel Ventures I está focado em impulsionar startups nacionais e internacionais nos estágios Seed e Série-A, visando o desenvolvimento de soluções em serviços e produtos ligados ao setor elétrico, em especial que contribuam com a transição energética.

O foco do Copel Ventures I abrange cinco áreas principais: energias renováveis e limpas; Energy as a Service; cidades inteligentes e eletromobilidade; gestão de ativos e instalações; e processos internos inovadores. Esse modelo de investimento é inédito na Companhia, pois busca um retorno estratégico e financeiro.

Atenta às metas para neutralização das emissões de carbono até 2030, a Copel vem substituindo os veículos leves da frota própria por automóveis movidos a eletricidade.

As ações da Companhia, relacionadas à inovação, estão diretamente ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela ONU, dos quais a Copel é signatária, e aos critérios ESG.

Inovação

A inovação consta como um dos valores da Copel em seu referencial estratégico. Nas diretrizes estratégicas corporativas, consta a necessidade de fomentar a inovação como alavanca do crescimento, do aumento da satisfação e da fidelização de clientes e do aprimoramento de processos.

Considerando a temática inovação como fator chave para o crescimento sustentado, viabilidade e aumento do bem-estar e desenvolvimento da sociedade, a inovação na Copel deixou de ser um assunto somente das áreas de pesquisa e desenvolvimento para se tornar uma busca de toda a Companhia. A Copel vê clara a importância da inovação para manter-se ativa e forte nos mercados onde atua.

Pesquisa e Desenvolvimento

A Copel conta com um programa consolidado voltado à realização de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) desde 2000, que destina recursos para projetos de pesquisa científica e tecnológica seguindo os critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, priorizando a obtenção de resultados de aplicação prática, com foco na criação e no aperfeiçoamento de produtos, processos, metodologias e técnicas.

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Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento - Dimensão Ambiental

Na busca pela excelência no desempenho socioambiental e alinhado às melhores práticas ESG, a Copel incentiva também o desenvolvimento de projetos de inovação, de pesquisa e desenvolvimento que contribuam para que a expansão e a operação de seus empreendimentos seja cada vez mais sustentável. 

A seguir são apresentados alguns dos projetos já desenvolvidos ou em andamento que exemplificam as ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Copel na esfera socioambiental. 

Barreira elétrica para peixes na UHE Colíder 

A operação de usinas hidrelétricas em rios cheios de peixes, como os rios da Bacia Amazônica, precisa ser feita com todo cuidado e respeito ao meio ambiente. Como uma usina hidrelétrica está instalada no rio, é natural que peixes se aproximem dela. Um peixe pode inclusive entrar pelo circuito hidráulico (a estrutura da usina onde a água, vinda do reservatório, é levada até as turbinas e então sai para o rio) e acabar se acidentando com a turbina. 

A Copel GeT tem uma usina hidrelétrica instalada na Bacia Amazônica, a UHE Colíder, situada no rio Teles Pires, Mato Grosso. Considerando os riscos aos peixes no acesso às turbinas da UHE Colíder, a Copel GeT instalou preventivamente barreiras elétricas no circuito hidráulico da usina, perto da saída da água que passa pelas turbinas. Esse tipo de barreira minimiza riscos aos peixes, pois reduz drasticamente o acesso deles às turbinas. 

O funcionamento da barreira elétrica se dá por meio de grandes eletrodos que são posicionados na saída do circuito hidráulico e produzem um campo eletromagnético que incomoda peixes que chegam perto, fazendo com que quase todos se afastem do local. Assim, a chance do peixe se aproximar das turbinas é muito reduzida. Como não são barreiras físicas, que poderiam interferir com a operação segura da usina, essas barreiras elétricas podem ficar ligadas sem parar, aumentando a segurança para os peixes. 

A barreira elétrica da UHE Colíder tem um papel muito importante especialmente nas manobras de manutenção das turbinas da usina, quando normalmente as turbinas são paradas, o circuito hidráulico é fechado e precisa ser seco. É nesse fechamento do circuito hidráulico que os peixes podem ficar retidos no interior da turbina, sendo necessário o resgate deles por equipes especializadas. Em rios amazônicos, a quantidade de peixes retidos pode ser enorme, aumentando o risco das atividades. As barreiras elétricas instaladas na UHE Colíder impedem a entrada no circuito hidráulico da grande maioria dos peixes, tornando estas ações de manutenção muito mais seguras para os animais. 

Sistema de transposição de peixes (STP) da UHE Colíder 

O Sistema de transposição de peixes (STP) da UHE Colíder foi concebido durante o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do empreendimento e projetado para permitir que uma grande variedade de espécies de peixes possa transpô-lo, permitindo assim o fluxo gênico entre populações à jusante e à montante da barragem. A fim de atender a fauna de peixes de grande porte que existe nesse trecho da bacia do rio Teles Pires, o STP da UHE Colíder é composto por uma das maiores escadas de peixes do mundo, medindo 692,96 metros, do tipo ranhura vertical, com sequências de parapeitos alternados e tanques de descanso nas curvas da estrutura; um canal de entrada ligando a escada ao canal de fuga da usina; canal de saída ligando a escada ao reservatório; e um sistema de água auxiliar, usado periodicamente para aumentar a atratividade da escada aos peixes. Além disso, o STP conta com um visor no canal de saída, por onde é possível observar os peixes que passam por ali. 

O monitoramento dos peixes que utilizam o STP da UHE Colíder é feito de duas formas principais:  

  • Pelo visor do STP: uma equipe especializada observa, identifica e faz a contagem dos peixes que passam pelo visor em dois turnos diários;  
  • Por marcação e registro com PIT-TAG, um método de monitoramento já consagrado e aplicado em outros STPs na América do Sul, que se utiliza da tecnologia RFID. O PIT-TAG é uma marca no formato de uma pequena cápsula com chip e identificação, podendo ser aplicado em peixes de diversos portes. O STP da UHE Colíder dispõe de antenas que captam a passagem de peixes marcados, sendo os dados analisados pelo Programa de Monitoramento de Peixes da usina. 

Para saber mais sobre o STP, acesse o site da UHE Colíder.

Defletor no vertedouro da UHE Colíder  

O Total de Gases Dissolvidos (TDG – Total Dissolved Gas) é uma medida das pressões parciais de todos os gases dissolvidos em água (principalmente oxigênio e nitrogênio) que, em valores elevados (supersaturação), podem causar nos peixes a chamada “doença da bolha” - quando há formação de bolhas de gás no sangue e tecidos dos animais. No Brasil, não existe legislação específica sobre a concentração admissível de TDG nos corpos de água após vertimentos.  

Ao identificar o problema à jusante da barragem da Usina Hidrelétrica Colíder, em Mato Grosso, a Copel GeT iniciou, em 2017, os estudos sobre o tema e contratou a Universidade de Iowa/IIHR (EUA) e o Lactec para atuarem na pesquisa. A solução proposta foi a construção de um bloco defletor – uma espécie de degrau de concreto construído no vão do vertedouro que faria com que as bolhas de ar não fossem arrastadas para a região mais profunda da bacia de dissipação de água, reduzindo a dissolução e incorporação de gases na água e, consequentemente, o percentual de TDG que poderia afetar os peixes. O projeto, inédito no Brasil e realizado por equipe técnica da Copel GeT, culminou na construção dos defletores no vertedouro da Usina Colíder – concluídos no final de 2021 e com resultados positivos já atestados. 

Por meio do programa de P&D intitulado Metodologia para Modelagem Computacional de TDG na Água em Fluxos Efluentes de Vertedouros (P&D ANEEL PD-06491-0541/2019) foi desenvolvida a metodologia de modelagem computacional para simular o processo de transporte de bolhas de ar na água e o processo de dissolução e transporte de gases que ocorrem durante a operação de um vertedouro, estimando o percentual de TDG que pode ser formado antes e após o projeto de um defletor. A GeT investiu R$ 8,9 milhões neste P&D, que contou com o empenho de 44 mil horas de trabalho dos profissionais envolvidos no estudo – 22 do Lactec e seis da Copel. Até o momento, foram publicados sete artigos técnicos que trataram dos estudos desenvolvidos no âmbito do P&D e no bem-sucedido projeto dos defletores da hidrelétrica Colíder, contribuindo para que o projeto de futuras usinas, principalmente na bacia amazônica, possam contemplar a solução. 

Besouros comedouros de isopor 

A equipe da Estação de Estudos Experimentais de Ictiologia da Copel está desenvolvendo um projeto inédito no Brasil de criação de besouros que se alimentam de isopor e farelo de trigo para enriquecer a alimentação dos peixes criados em cativeiro para repovoamento dos reservatórios das usinas.  

O projeto, apresentado no programa Inov+ GeT busca de uma forma nada convencional, e de baixo custo, ter uma alternativa de alta qualidade para alimentação dos peixes e que ainda pode ajudar na biodegradação do isopor, que é um resíduo comum hoje em dia e com características que dificultam a reciclagem. 

A criação dos besouros do gênero Tenebrio já começou na Estação. Conforme a produção de larvas for aumentando, elas vão sendo usadas para substituir parte da alimentação industrializada usada atualmente na criação dos peixes. Atualmente, são consumidos em média quase 2 toneladas de ração por ano. Existem trabalhos científicos publicados a respeito do valor nutricional das larvas de Tenebrio, que são uma rica fonte de proteína, e do uso como substituto de outros ingredientes usados para alimentação dos peixes. Então, o foco do projeto é o estudo do manejo mais adequado para esse aproveitamento. Para isso, serão feitos testes de seleção de besouros reprodutores e da idade ideal das larvas para conseguir a melhor taxa de conversão alimentar e melhor produção de larvas. Também será aperfeiçoado o método de criação, para avaliar qual o tamanho da população que podemos manter com o espaço atual e quanto isopor poderá ser consumido.