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Estação Experimental de Estudos Ictiológicos - EEEI

O centro das ações da Copel em benefício dos peixes é a Estação Experimental de Estudos Ictiológicos (EEEI), localizada na Usina Hidrelétrica Governador Ney Braga (UHE GNB), onde são realizadas as atividades de piscicultura para repovoamento.

A EEEI foi construída pouco após o início da operação da UHE GNB, em 1992, sendo concluída no ano de 1993 e sua criação ocorreu como parte do processo de licenciamento ambiental para a implantação dessa usina.

A atuação da Estação sempre foi voltada principalmente para espécies de interesse para a conservação, sendo destaque a espécie Steindachneridion melanodermatum, conhecido como surubim-do-Iguaçu.

A ocorrência de uma nova espécie do gênero Steindachneridion, endêmica à bacia do rio Iguaçu, foi registrada pela primeira vez em 1991, indicando que a espécie ocorria à jusante de Salto Segredo, sendo confirmada em 1994.

A EEEI verificou a oportunidade de trabalhar com uma espécie nativa rara e influenciada pelas usinas na bacia do Iguaçu, e passou a trabalhar no desenvolvimento de piscicultura experimental, capturando espécimes de surubim-do-Iguaçu na bacia do baixo rio Iguaçu, para constituir o plantel de reprodutores.

A atuação da Copel e seus parceiros possibilitaram o desenvolvimento da tecnologia de criação e reprodução em cativeiro desta importante espécie, configurando-se como estudo pioneiro e servindo de base para que diversos estudos científicos fossem desenvolvidos no local.

Visando maximizar a variedade genética dos alevinos de surubim-do-Iguaçu, todo o plantel de reprodutores recebeu chips de identificação, o que permite controlar os cruzamentos, o que, por sua vez, permite maximizar a variedade genética dos alevinos, algo importante numa piscicultura com fins de conservação ambiental.

Ações de Reprodução e Repovoamento

Com as ações de reprodução e repovoamento, a Copel visa mitigar os impactos causados à ictiofauna. As espécies utilizadas são aquelas reproduzidas na EEEI, em cativeiro, e a soltura controlada de indivíduos de espécies nativas auxilia as populações naturais destas espécies.

A reprodução e o repovoamento envolvem as seguintes atividades:

  • Captura e manutenção de reprodutores
  • Fertilização
  • Alevinagem
  • Soltura

As atividades de reprodução do surubim-do-Iguaçu ocorrem nos meses mais quentes do ano, sendo iniciadas normalmente em setembro, seguindo até fevereiro do ano subsequente. Após os alevinos atingirem o tamanho ideal para soltura, de acordo com cada lote de reprodução, as atividades de repovoamento podem ser realizadas a partir outubro até março do ano seguinte.


Outras atividades

Os profissionais da EEEI também são responsáveis pela realização das atividades de resgate de ictiofauna quando ocorrem paradas de máquina nas usinas do Paraná e pelas ações de inspeção ambiental nos empreendimentos hidrelétricos da Companhia, acompanhando a qualidade da água e os usos múltiplos dos reservatórios.

Além dessas atividades, a equipe da EEEI também tem empreendido buscas por outras espécies de interesse de conservação listadas no Plano de Ação Nacional para a Conservação da Fauna Aquática e Semiaquática da Bacia do Baixo Iguaçu (PAN Baixo Iguaçu), no qual a Copel é uma das colaboradoras. O PAN Baixo Iguaçu, agora já encerrado, contemplava 16 espécies aquáticas e semiaquáticas presentes na bacia do Baixo Iguaçu, sendo 12 espécies ameaçadas de extinção segundo a Portaria MMA nº 445/2014.

Ações previstas para 2023

Para 2023 as atividades previstas para o repovoamento envolvem a reprodução de matrizes das espécies Surubim-do-Iguaçu – Steindachneridion melanodermatum e do Lambari – Astyanax bifasciatus e posterior soltura de alevinos. As atividades de reprodução ocorrem nos meses mais quentes do ano, sendo iniciadas em setembro, seguindo até fevereiro do ano subsequente. Após os alevinos atingirem o tamanho ideal para soltura, de acordo com cada lote de reprodução, as atividades de repovoamento podem ser realizadas a partir outubro até março do ano seguinte.

Para 2023, estão previstas a continuidade das atividades de atendimento a emergências ambientais e resgate de peixes em usinas e os preparativos para o ciclo reprodutivo de 2023, além da implementação do plano de ação para reprodução, repovoamento e inclusão de novas espécies ameaçadas no programa já executado na estação de piscicultura.

As espécies elencadas para este novo plano de ação fazem parte do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Fauna Aquática e Semiaquática da Bacia do Baixo Iguaçu, no qual a Copel é uma das colaboradoras. O PAN Baixo Iguaçu contempla 16 espécies aquáticas e semiaquáticas presentes na bacia do Baixo Iguaçu, sendo 12 espécies ameaçadas de extinção segundo a Portaria MMA nº 445/2014.

Resultados de 2022

A EEEI elencou quatro espécies de peixes raras que estão sendo buscadas na natureza para serem reproduzidas na estação de piscicultura com o objetivo de realização de reprodução multiplicação e soltura, contribuindo assim com a manutenção das espécies na natureza e sua preservação para as gerações futuras e equilíbrio do meio ambiente.

Resultados de Repovoamento

Espécie 

2019 

2020 

2021 

2022 

2023 

Lambari 

 75.000

 30.000

38.000 

8.000 

 

Surubim do Iguaçu 

 6.220

 2.301

2.445 

12.919 

 

 

Resultados de Resgate e Soltura

Condição2019 2020 2021 2022 2023 
Vivo  6.545 2.16211.883 23.054 
Morto 39 0157 536 
Total 6.584 2.16212.040 23.590