Gestão de Resíduos
A Copel possui um processo de gestão de resíduos que visa promover o correto gerenciamento dos resíduos sólidos, desde a geração até a destinação final; prevenir impactos ambientais negativos e maximizar os positivos, o que permite atender tanto aos requisitos legais como as condicionantes das licenças ambientais.
Conforme estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Companhia possui Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) para seus empreendimentos, moldando assim as políticas macros para as especificidades de cada localidade. A gestão relacionada aos resíduos sólidos envolve a revisão periódica dos requisitos legais e das condicionantes ambientais, a identificação de boas práticas e oportunidades no setor, o planejamento de atividades, a verificação do cumprimento e a melhoria constante do processo.
A Copel adota o princípio dos 4 R para o gerenciamento de seus resíduos, previsto em norma interna de gestão corporativa de resíduos, implementada em 2009, na qual estabelece que “todos os empregados, no desempenho de suas atividades na Copel, deverão adotar o consumo consciente praticando o conceito dos ‘4 erres’: repensar, reduzir, reaproveitar e reciclar. O Manual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos traz orientações práticas de como podem ser aplicados os conceitos dos 4 R.
Visando à consolidação da cultura de gestão dos resíduos, são realizados workshops e treinamentos para as equipes, ressaltando as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), possíveis impactos ambientais negativos e benefícios com a devida gestão dos resíduos, assim, cria-se espaço para o diálogo, esclarecimento de possíveis dúvidas e aumento da sensibilização e do engajamento dos colaboradores, sobre as práticas sustentáveis e estímulo à redução da geração de resíduos, que se somam as práticas ESG da Companhia.
Periodicamente é feito o monitoramento da quantidade de resíduos gerados por meio de sistemas de controle. Esses resíduos são armazenados em locais específicos até que seja realizado a destinação adequada.
Para a destinação de resíduos administrativos recicláveis é dada prioridade para entrega às associações de catadores de materiais recicláveis, por meio da Coleta Seletiva Solidária. Já para o material orgânico, a prioridade é a realização da compostagem.
Manual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Manual de Transporte de Substâncias Perigosas
Geração de Resíduos
Na Copel, as principais fontes de geração de resíduos são as atividades de implantação, operação e manutenção e desativação de empreendimentos.
Na implantação de novos empreendimentos, são gerados resíduos de construção civil, como solos removidos dos locais de instalação das estruturas, madeiras das embalagens dos materiais e equipamentos, demais resíduos recicláveis, como plásticos, papel e papelão e metais, assim como resíduos de tintas e solventes.
Nas atividades de operação e manutenção dos empreendimentos há geração de diferentes tipos de resíduos como: resíduos vegetais provenientes da poda de árvores sob as redes de distribuição e transmissão de energia, resíduos de materiais e equipamentos elétricos e eletrônicos substituídos, como baterias, medidores, isoladores, transformadores, reguladores de tensão, disjuntores e demais equipamentos elétricos, sucatas metálicas, cabos, postes e cruzetas. Além destes, são gerados resíduos sólidos e líquidos contaminados provenientes da manutenção de equipamentos.
Os empreendimentos da Copel possuem Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), os quais consideram tanto as legislação e normas vigentes, quanto as diretrizes gerais da Companhia e as especificidades de cada unidade, os planos norteiam o correto manejo dos seus resíduos.
Os resíduos gerados em obras e manutenções civis são gerenciados pela empresa contratada responsável pela execução. Nesses casos, a Copel exige da contratada a apresentação e aprovação do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) e ao término da obra, a empresa deverá apresentar do Relatório de Gerenciamento (RFGRCC), comprovando a execução do plano proposto e compilando as licenças ambientais, manifestos de transporte e certificados de destinação final.
Na desativação de empreendimentos, ocorre a geração dos mais variados tipos de resíduos, como equipamentos elétricos, cabos condutores, postes e cruzetas, sucata metálica, dentre outros.
Nas atividades administrativas são gerados resíduos sólidos urbanos, como resíduos recicláveis (papel, plástico, vidro e metais), resíduos orgânicos e rejeitos (restos de alimentos, resíduos de jardinagem e varrição, resíduos sanitários) e resíduos perigosos (pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, cartuchos e toner de impressoras), que são destinados por meio de compostagem, contratação ou coleta municipal e os resíduos recicláveis que são doados prioritariamente para cooperativas de reciclagem, por meio do programa Coleta Seletiva Solidária.
Destinação de Resíduos
A gestão de resíduos sólidos pela Companhia é realizada conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos, observando a ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e, não havendo alternativas, a disposição final ambientalmente adequada.
Para os resíduos que apresentem alguma característica que represente risco à saúde pública e ao meio ambiente, a destinação final é realizada para empresas contratadas que comprovem qualificação técnica e licenciamento ambiental.
A tabela abaixo apresenta os principais resíduos gerados nas atividades operacionais e os métodos de destinação final adotados.
Tipo de resíduo | Método de destinação |
Papel, plástico, vidro, sucatas metálicas, baterias, equipamentos elétricos e eletrônicos, postes e cruzetas de concreto, transformadores e demais equipamentos de rede | Reciclagem |
Resíduos contaminados | Coprocessamento e/ou aterro para resíduos Classe I
|
Resíduos contaminados com PCB | Descontaminação e/ou Incineração |
Resíduos de Poda | Compostagem e/ou aterro para resíduos Classe II |
A reciclagem é o processo de alteração das propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas de resíduos sólidos, com vistas a transformação destes em insumos ou novos produtos.
A reciclagem de resíduos sólidos da Copel está alinhada aos princípios do desenvolvimento sustentável, pois permite a redução do consumo de matérias-primas e a geração de valor.
Os resíduos recicláveis que são gerados nas atividades administrativas da Companhia, são encaminhados para associações de catadores de materiais recicláveis que participam da Coleta Seletiva Solidária, gerando renda para estas entidades e seus participantes.
Nas instalações da Companhia, as equipes de limpeza recebem treinamentos para que a segregação de resíduos seja realizada corretamente e os empregados são orientados sobre a forma correta de separação e acondicionamento dos resíduos em coletores identificados conforme Resolução CONAMA n° 275/2001.
Já os resíduos recicláveis gerados nas atividades operacionais são destinados para empresas especializadas em reciclagem, sendo reaproveitados em outros processos produtivos, gerando valor para estas empresas e para a Copel.
Na Copel, os resíduos que possuem valor comercial, como sucatas metálicas, baterias, equipamentos retirados de operação, óleos lubrificantes e isolantes usados, são alienados para empresas que comprovem qualificação técnica e licenciamento ambiental para destinação final ambientalmente adequada.
Este processo tem como objetivo a destinação de resíduos que possuem valor econômico agregado, retornando à cadeia produtiva, por meio da reciclagem e reaproveitamento de materiais.
A compostagem é o processo de transformação biológica de resíduos orgânicos, como restos de comida e resíduos de jardinagem, realizado em condições aeróbias por meio de um conjunto diversificado de organismos, resultando em um composto (adubo) rico em nutrientes.
A compostagem representa uma alternativa para o descarte de resíduos orgânicos, que podem ser reaproveitados, é uma técnica que se enquadra no conceito de desenvolvimento sustentável do meio ambiente.
Em algumas instalações da Copel, o material orgânico produzido em refeitórios e escritórios é prioritariamente direcionado para as técnicas de compostagem, por meio do qual o resíduo é manejado e utilizado como adubo (composto) na produção de mudas e adubação de canteiros e jardins.
Os resíduos vegetais provenientes de atividades de poda de árvores sob a rede de distribuição de energia, quando viável, são destinados para compostagem externa.
É uma tecnologia que consiste na utilização de resíduos previamente processados (BLEND), como substitutos de combustíveis e/ou matérias-primas não renováveis usadas na produção do cimento em fábricas devidamente licenciadas.
As atividades de manutenção das usinas e subestações geram os resíduos classe I – classificados como perigosos, estes em sua maioria possuem composição e potencial calorífico para a destinação por meio da técnica de coprocessamento.
Os resíduos são coletados por empresas contratadas especialmente para esse fim e são encaminhados para fornos de produção de clínquer, na produção de cimento, desta forma a energia contida nesses materiais é aproveitada proporcionando enormes ganhos ambientais.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a disposição final ambientalmente adequada, consiste na distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
A Copel prioriza o aproveitamento dos resíduos gerados, por meio da reutilização, reciclagem e demais técnicas de tratamento e destinação final. No entanto, quando não restam possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, é realizada a disposição final em aterros industriais devidamente licenciados.
Indicadores e Metas de Gestão de Resíduos
Com o objetivo de reduzir o impacto ambiental de suas atividades, a Copel possui indicadores e metas específicos para a destinação adequada de resíduos perigosos e não perigosos, gerados nas atividades operacionais e administrativas da Companhia.
Indicadores
Taxa de Destinação de Resíduos das Unidades Operacionais: representa o total de resíduos que são desviados do descarte final, seguindo para reciclagem, coprocessamento, compostagem e alienação, e está alinhada com as metas para atingimento dos ODS 03, 06, 11, 12 e 13.
Taxa de descarte de resíduos perigosos gerados: representa o percentual máximo de descarte de resíduos perigosos em relação ao total gerado.
Metas
| 2023 | 2024 | 2025 | |||
Indicador | Meta | Desempenho | Meta | Desempenho | Meta | Desempenho |
Taxa de Destinação de Resíduos (%) | 76 | 63,40 | 79 |
| 82 |
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Taxa de Descarte de Resíduos Perigosos (%) | 5 | 0,9 | 5 |
| 5 |
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