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Mexilhão Dourado

A presença de algumas espécies aquáticas invasoras, como o molusco mexilhão-dourado Limnoperna fortunei, causa uma série de prejuízos às usinas hidrelétricas em que se instalam, podendo entupir encanamentos do sistema de água, grades mergulhadas e aumentar o tempo e frequência de manutenção dos equipamentos.

Dentre as espécies exóticas invasoras que causam prejuízo à geração de energia, o mexilhão-dourado se destaca na América do Sul, pois a alta taxa de reprodução e ausência de competição no ambiente fluvial sul-americano (onde não há outro molusco de água doce que se incruste em superfícies rígidas) permite estabelecer populações de crescimento rápido, incrustando tanto em estruturas de usinas hidrelétricas como de estações de tratamento de água, embarcações e tanques de criação de peixes.

Monitoramento, Pesquisa e Ações de Controle

A presença do mexilhão-dourado foi detectada em reservatórios do Paraná a partir do ano de 2001 e em reservatório da Copel em 2006 (usina de Salto Caxias, no rio Iguaçu).

Antes mesmo do aparecimento do molusco em áreas da Copel, esta já realizava pesquisa e monitoramento em seus reservatórios, de forma a prevenir e minimizar impactos nas estruturas e funcionamento das usinas.

Na mesma época, a Copel desenvolveu o Programa de Avaliação e Controle de Espécies Aquáticas Invasoras da Bacia do rio Iguaçu. Este programa foi realizado por meio de recursos da empresa destinados ao programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Como resultado deste programa, realizado em parceria com o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), houve considerável avanço no conhecimento sobre as espécies aquáticas invasoras que interferem com a geração hidrelétrica. Por meio deste programa foi possível desenvolver o monitoramento genético do mexilhão-dourado na água, tornando ações de detecção rápidas e seguras.

O programa também analisou diferentes metodologias de combate ao mexilhão-dourado e ao hidrozoário, tanto em sua eficiência quanto na interação com os equipamentos e materiais usados nas usinas. Outro resultado do programa foi a identificação de pontos críticos de controle e o desenvolvimento de rotinas de prevenção e combate à invasão dessas espécies dentro das estruturas da Copel.

A Copel mantém o monitoramento da presença de mexilhão-dourado, incluindo a detecção genética, nos reservatórios de suas principais usinas hidrelétricas, além de constante contato com outras empresas geradoras de energia elétrica a fim de trocar informações e tecnologias sobre o combate a espécies exóticas invasoras.