O objetivo do programa de monitoramento contínuo dos efluentes produzidos nas instalações da Copel é registrar e garantir a regularidade das instalações, assegurando o atendimento aos requisitos legais e às condicionantes do licenciamento ambiental dos empreendimentos, visando a:
- Monitorar os parâmetros estabelecidos para a conformidade de lançamento dos efluentes sanitários e industriais; e
- Prevenir impactos ambientais nos ambientes hídricos associados aos empreendimentos.
Os principais benefícios do Programa de Monitoramento de Efluentes referem-se à preservação da saúde e ao bem-estar coletivos por meio do equilíbrio ecológico do meio aquático e da qualidade das águas.
O monitoramento consiste em coletas periódicas nos sistemas de tratamento de efluentes a fim de garantir sua eficiência e operacionalidade. As coletas são planejadas levando-se em consideração a frequência estabelecida legalmente e as exigências específicas das Condicionantes das Licenças de Operação de cada empreendimento.
As análises físico-químicas e microbiológicas são realizadas por laboratório certificado, que emite laudos de análise laboratorial e relatórios anuais de um ciclo de monitoramento. A equipe técnica gestora avalia e controla os resultados das campanhas e, quando verificados desacordos ou não conformidades com a legislação, informa a área operacional responsável para a tomada de ação corretiva no sistema de tratamento, quando necessário.
Figura 3 : Coleta de poço de drenagem em Galeria mecânica da usina.
Efluentes na Copel
Os efluentes gerados pela Companhia são categorizados em duas tipologias, administrativo ( sanitários) e de processo (industriais), conforme explicado abaixo:
- Administrativo (sanitário – similar aos efluentes domiciliares), de origem exclusivamente administrativas, gerados em todas as instalações;
Os efluentes sanitários de unidades administrativas são destinados na rede coletora de esgoto sempre que disponíveis. Em locais onde não há rede de coleta pública, o tratamento se dá por meio de fossa séptica e sumidouro e valas de infiltração, construídas conforme as normas técnicas pertinentes. Dessa forma, não se aplica a esses sistemas o monitoramento mencionado.
Especificamente nas grandes usinas hidrelétricas e em algumas PCHs e CGHs onde há inviabilidade da instalação de sumidouros e/ou valas de infiltração, a destinação dos efluentes sanitários após o tratamento se dá no corpo hídrico. Cabe destacar que essas vazões são muito baixas se comparadas a vazão do rio (considerando as vazões turbinadas e vertidas), por isso o potencial poluidor destas descargas é praticamente nulo. Independente da irrelevância deste lançamento, há o monitoramento qualitativo destes na saída dos sistemas de tratamento.
- De processo ( Industriais – gerados nos processos de produção e transmissão de energia).
A geração de efluentes no processo produtivo da Copel GeT não é entendida como relevante em relação aos impactos potenciais sobre os ecossistemas, recursos hídricos e sociedade, assim como não é relevante em relação a riscos nos negócios da companhia.
Conforme detalhado na Tabela 1, para os efluentes tipificados como do processo produtivo (efluentes industriais) a geração depende do tipo de empreendimento, destacando que nas usinas eólicas não ocorre geração desta tipologia.
Tipo de Instalação | Origem do Efluente | Possíveis Poluentes | Tratamento/Destinação |
UHEs, PCHs, CGHs | Efluentes provenientes de manutenções, lavagem de peças e pisos das oficinas de manutenção; | Óleos e Graxas, sólidos sedimentáveis e suspensos | SAO seguido de Infiltração/Rede coletora/Corpo hídrico |
Efluentes do sistema de resfriamento das turbinas; | Efluente Térmico (Calor) | Canal de fuga / Corpo Hídrico | |
Efluentes de sistemas Separador Água-Óleo (SAO) | Óleos e Graxas | Corpo Hídrico | |
UTE Figueira | Efluentes provenientes das purgas das caldeiras; | Óleos e Graxas, sólidos sedimentáveis e suspensos | ETE / Corpo Hídrico |
Efluentes do sistema de resfriamento (circuito fechado); | Efluente Térmico (Calor) | ||
Efluentes das demais instalações, incluindo laboratório e drenagem do pátio | Óleos e Graxas, sólidos sedimentáveis e suspensos | ||
Subestações | Efluentes de sistemas Separador Água-Óleo (SAO) | Óleos e Graxas | SAO / Infiltração no solo / rede coletora de esgoto |
Tabela 1 – Efluentes industriais gerados na Copel GET
Para todos os efluentes dos processos não se prevê a presença de óleos e graxas quando em condições normais de operação das unidades da Companhia. Esses poluentes só serão encontrados nos efluentes caso ocorram situações atípicas, como vazamento dos transformadores, e ainda sim, apenas se o Sistema Separador Água e Óleo (SAO) não estiver com seu correto funcionamento.