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Gestão de Situação de Crise

O processo de gerenciamento de crise da Copel está alinhado à estratégia da Companhia e subsidia a tomada de decisão frente às eventuais contingências que possam causar riscos reputacionais, operacionais, financeiros e estratégicos, a fim de manter a integridade e a disponibilidade dos seus ativos, bem como mitigar e remediar os impactos negativos.

O foco da gestão de situações de crise está no atendimento ágil, eficaz e articulado com demais entes governamentais e da sociedade, em eventuais emergências que possam afetar diretamente as pessoas, o meio ambiente e as operações da Companhia.

Para a gestão de situações de crise, a Copel pode adotar planos de contingência específicos para cada situação, como: Catástrofes (naturais com impactos em infraestrutura ou infraestrutura com impactos ambientais); Crises Sanitárias e Biológicas e Ataques Cibernéticos.

Planos de Contingência em Catástrofes

Os planos de contingência em catástrofes são planos constituídos para as situações ou eventos que fogem do controle ou do padrão estabelecido e precisam de respostas claras e concisas, definição de ações e responsabilidades para o enfrentamento de eventos naturais com impactos em infraestrutura ou eventos da infraestrutura com impactos ambientais. Os planos têm por objetivo intervir, controlar e combater as consequências e impactos destes eventos no menor tempo possível. Entre os planos de contingência em catástrofes da Copel, destacam-se o Plano de Segurança de Barragens e o Plano de Ação de Emergências Socioambientais.

Pama

Como instrumento para a contenção e mitigação de riscos de impacto ao meio ambiente e a comunidade, a área de Meio Ambiente da Copel GeT instituiu o Plano de Ação para Emergências Socioambientais (PAMA), voltado a atender a emergências envolvendo vazamentos de óleo, produtos químicos, inundações, acidentes rodoviários, entre outros, que possam afetar diretamente as pessoas, o meio ambiente e/ou a operação dos empreendimentos.

O Plano tem como objetivo organizar as ações a serem desencadeadas rapidamente em situações de emergência, o que consiste em preparar e estabelecer diretrizes organizacionais, bem como fornecer dados, materiais e preparação que garantam as condições necessárias para a adoção de procedimentos técnicos e administrativos de forma estruturada, desde a identificação e contenção da situação emergencial até a mitigação dos impactos eventualmente ocorridos.

Todos os empreendimentos da Copel Geração e Transmissão S.A., incluindo usinas hidrelétricas, subestações, linhas, e parques eólicos, são contemplados pelo PAMA, com a definição do fluxograma e organograma de atendimento, a designação dos coordenadores titulares e suplentes, a realização periódica de simulados e treinamentos, a gestão dos materiais, recursos e estrutura para atendimento a emergência ambiental, a disponibilidade de equipes de sobreaviso para atendimento emergencial, a participação no Grupo de Gestão Integrada e colaboração com os Grupos de Gestão Local dos empreendimentos na definição e revisão dos Planos de Ação de Emergência (PAEs) da Operação, a elaboração de mapeamentos e estudos para o desenvolvimento e aprimoramento dos Planos de Emergência e Estratégia de Resposta Inicial, além da revisão periódica das ações como prevê o documento.

PAE

O Plano de Ação de Emergência (PAE) das barragens é um documento formal onde estão estabelecidas as ações a serem executadas em caso de situação de emergência, bem como identificados os agentes a serem notificados dessa ocorrência.

Conforme institui o artigo 11 da Lei nº 12.334/2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), o PAE é exigido para barragem classificada como de dano potencial alto, seguindo os critérios definidos pela entidade fiscalizadora.

No caso de barragens objeto de outorga para a exploração de potencial de energia hidráulica, a entidade fiscalizadora é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que publicou a Resolução Normativa nº 696 em 15 de dezembro de 2015, com os critérios para classificação e a formulação do Plano de Segurança da Barragem, no qual está inserido o PAE, devendo-se prever também a realização da revisão periódica de segurança.

A classificação de uma barragem é efetuada com base na categoria de risco e de dano potencial associado. Nesse contexto, o PAE de cada barragem deve ser atualizado periodicamente, conforme necessidade e características do vale de jusante, sendo incluídas as novas informações e removidos os dados considerados desatualizados e/ou incorretos, sendo todas as alterações registradas na Folha de Controle de Revisão do PAE.

O PAE tem por objetivo definir as ações a serem executadas pelo empreendedor em situação de emergência, identificando procedimentos preventivos e corretivos, estratégia e meio de divulgação e alerta para as comunidades afetadas e os agentes que deverão ser mobilizados

Trata-se, portanto, de um documento formal de fornecimento de informações para a Defesa Civil, para subsidiá-los na elaboração de seus planos de contingência, e também aos municípios possivelmente envolvidos.

 

Plano de Contingência em Crises Sanitárias e Biológicas

A alta administração da Copel está preparada para atuar tempestivamente em situações de crises sanitárias e biológicas, pois encontra amparo nas melhores práticas de governança corporativa para a tomada de decisão e gestão integrada de riscos.

Desde o início da pandemia de Covid-19, a Companhia mantém um comitê que avalia periodicamente as ações a serem tomadas considerando o grau de risco de contaminação dentro e fora de suas instalações, bem como as condições de segurança para a saúde dos empregados, incluindo o monitoramento dos dados de vacinação.

Além disso, o tema é tratado no âmbito do Conselho Fiscal e do Comitê de Indicação e Avaliação, respectivamente, a cada dois e a cada três meses. Foram emitidas normas visando garantir o cumprimento das medidas para conter a disseminação da doença na Companhia e minimizar seus impactos nas áreas administrativas, de operações e econômico-financeiras.

A Comissão de Contingência Pandemia de Covid-19 seguiu monitorando e atuando sobre os pilares de segurança das pessoas; continuidade das atividades essenciais; monitoramento das orientações e exigências dos órgãos reguladores e preservação das condições financeiras adequadas para suportar a crise.

A Companhia implantou o regime de teletrabalho nas áreas em que foi possível adotar esse formato, com restrições de viagens, realização de reuniões por videoconferência, acompanhamento diário do quadro de saúde e bem-estar dos empregados e adoção de protocolos de contingência, de forma a manter integralmente as operações da infraestrutura de energia elétrica e gás canalizado, porém preservando a saúde de seus profissionais.

Durante a pandemia, o primeiro cuidado da Copel com sua saúde econômico-financeira foi com a preservação do caixa, tendo em vista a desaceleração da atividade econômica global como consequência das restrições relacionadas ao distanciamento social e isolamento obrigatório.

Houve preocupação especial com a liquidez do mercado de energia e o preço de curto prazo, bem como com as negociações com o poder concedente para a implementação de diretrizes que garantissem a manutenção da sustentabilidade econômico-financeira de toda a cadeia de geração, transmissão, comercialização e distribuição de energia elétrica.

Com a avaliação constante e sistemática dos impactos, a Copel pôde implementar as medidas necessárias para a continuidade das operações no período de redução do consumo e impacto da inadimplência, com vistas à preservação do fluxo de caixa.

Plano de Gestão de Crise e Contingência – Ataques Cibernéticos

O processo de gerenciamento de crise dos ativos de informação está alinhado à estratégia da Companhia, uma vez que as decisões tomadas frente às prováveis contingências podem comprometer sua reputação, operações e estratégias. Com o intuito de manter integridade, confidencialidade e disponibilidade, o plano de gestão de crise é acionado quando fica caracterizado grave dano material ou de imagem; evidenciado que as ações de resposta ao incidente persistirão por bastante tempo; há impacto das atividades e da prestação dos serviços realizados pela Copel; acarreta impactos reputacionais.

O gerenciamento de incidentes é um conjunto de atividades que devem ser executadas na ocorrência de evento adverso de segurança da informação, para avaliar o problema e determinar a resposta inicial, com monitoramento de comissão multidisciplinar e reporte periódico à alta administração.

Entre outras atividades da comissão, podem constar a definição as atividades críticas que são fundamentais para as atividades finalísticas da Copel; identificação dos ativos de informação críticos, ou seja, aqueles que suportam as atividades primordiais, incluindo as pessoas, os processos, a infraestrutura e os recursos de tecnologia da informação; avaliação contínua dos riscos a que as atividades críticas estão expostas e que possam impactar diretamente na continuidade do negócio; categorização dos incidentes e estabelecimento dos procedimentos de resposta específicos para cada tipo de incidente, de forma a apoiar equipes técnicas e de liderança em casos de incidentes cibernéticos graves; priorização do monitoramento, acompanhamento e tratamento dos riscos de maior criticidade; realização de simulações e testes para validação dos planos e procedimentos; e elaboração de plano de retorno à normalidade.

Tais atividades são detalhadas e consolidadas em plano de contingência que contemple diversos setores em razão de possíveis cenários de crise, a fim de se contrapor à escalada de eventual crise e com o objetivo de manutenção dos serviços prestados pela organização.