Água
A capacidade de geração de energia das unidades produtivas da Copel está distribuída em geração hidrelétrica, geração térmica e geração eólica. Cerca de 80% dessa geração é hidráulica, sendo a maior parte na bacia do Rio Iguaçu, localizada nos estados do Paraná e Santa Catarina, no Sul do Brasil.
A Copel mantém uma relação estreita com o meio ambiente, em especial com a água utilizada no processo de geração de energia, que depende essencialmente desse recurso natural. Após passar pelas turbinas e produzir energia elétrica, a água utilizada é devolvida imediatamente rio abaixo. Essa devolução caracteriza uso não consuntivo da água, visto que se dá na mesma quantidade e qualidade.
Uso Administrativo da Água
O consumo de água para uso nos prédios que realizam atividades administrativo é realizado em sua maioria pelas companhias de abastecimento público. A coleta do consumo é feita mensalmente e reportado à Copel trimestralmente. A contabilização contempla dados do corporativo assim como das subsidiárias.
O consumo varia em função da quantidade de pessoas que trabalham nos prédios administrativos e, de acordo com a série histórica, percebe-se que no período da pandemia houve uma redução considerável no consumo de água.
A tabela a seguir mostra o comparativo de consumo de água para uso administrativo e operacional nos últimos cinco anos, em mega litros (ML):
2019 | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | |
Captação | 161,01 | 139,19 | 135,71 | 124,51 | 94,99 |
Descarte | 128,81 | 111,35 | 109,97 | 99,61 | 75,99 |
Consumo | 32,20 | 27,84 | 25,74 | 24,90 | 18,99 |
A Copel considera em sua estratégia de sustentabilidade o uso racional dos recursos naturais na condução de processos, programas e iniciativas que possam contribuir direta e indiretamente na promoção de uma cultura corporativa responsável, tornando sistêmico e amplo o debate ASG, reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável. Por isso, com base nas premissas do Programa Ecoeficiência, a meta até 2024 é não ultrapassar o consumo administrativo de água do ano anterior.
Para avançar no tema, a Companhia estabeleceu uma meta de redução no consumo administrativo de água em 5% para 2025 em relação ao consumo de 2024.
Uso Geral da Água
As tabelas a seguir demostram o uso geral nos últimos anos, em mega litros (ML):
Captação de água
2020 | 2021 | 2022 | 2023 | |
ADM | 139,19 | 135,71 | 124,51 | 94,992 |
OP | 113.167,91 | 109.152,10 | 94.805,31 | 85.469,44 |
Total | 113.307,10 | 109.287,81 | 94.929,82 | 85.564,43 |
Descarte de água
2020 | 2021 | 2022 | 2023 | |
ADM | 111,35 | 109,97 | 99,61 | 75,994 |
OP | 113.167,91 | 109.152,10 | 94.805,31 | 85.428,16 |
Total | 113.279,26 | 109.262,07 | 94.904,92 | 85.504,15 |
Consumo de água
2020 | 2021 | 2022 | 2023 | |
ADM | 27,84 | 25,74 | 24,90 | 18,998 |
OP* | 0 | 0 | 0 | 41,28 |
Total | 27,84 | 25,74 | 24,90 | 60,28 |
ADM – Administrativo (água de terceiros e água subterrânea)
OP – Operacional
* Uso não consuntivo
Nota: Dados operacionais das usinas do Sistema Interligado Nacional (SIN) são disponibilizados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), que é o responsável pela otimização dos recursos hídricos dos reservatórios integrantes do sistema elétrico brasileiro.
A Copel e a Gestão de Recursos Hídricos
O gerenciamento de recursos naturais é fundamental para a sustentabilidade dos negócios da Companhia, especialmente em contextos de escassez hídrica. Por meio de operação adequada dos empreendimentos de geração hidráulica, a Copel contribui para a segurança hídrica dos usos múltiplos da água, visto que o armazenamento da água no reservatório promove a regularização das vazões dos rios.
As usinas da Copel não estão localizadas em áreas de estresse hídrico, de acordo com a ferramenta Aqueduct – Atlas de Risco Hidrológico, do World Resources Institute (WRI).
Além disso, as Áreas de Preservação Permanente (APP) no entorno dos reservatórios proporcionam a retenção de sedimentos e impurezas que seriam carreados para o leito dos rios, evitando assim prejuízos à qualidade da água, fauna aquática e biodiversidade.
A Lei nº 9433/1997 instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Dentre os fundamentos da Política está a descentralização e a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades na gestão dos recursos hídricos.
Com corpo técnico especializado, a Copel está representada nos diversos fóruns que integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, defendendo sempre a melhor gestão da água, seus usos múltiplos e os interesses do setor de hidroeletricidade, sendo essa uma das principais fontes de receita da Companhia.
A equipe de gerenciamento de Recursos Hídricos também é responsável pela gestão das outorgas de direito de uso de recursos hídricos para aproveitamento do potencial de energia hidráulica, importante instrumento da Política Nacional de Recursos Hídricos, que tem como objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água.
Monitoramento
Hidrológico
O armazenamento dos reservatórios e a regularização do fluxo das águas, promovidos pela construção das usinas hidrelétricas, são importantes variáveis de monitoramento para o melhor aproveitamento dos recursos hídricos nas operações de produção de energia e para fins de garantia de acesso aos usos múltiplos da água.
A Copel mantém uma rede de monitoramento hidrológico nas bacias hidrográficas com aproveitamentos hidrelétricos em operação. Essa rede é composta por diversas estações hidrológicas, onde há coleta de dados como nível de água de rios e reservatórios, e informações pluviométricas.
Tais dados, após processamento no Sistema de Monitoramento de Reservatórios, auxiliam e orientam as operações das usinas hidrelétricas.
O monitoramento hidrológico das bacias onde a Copel possui empreendimentos em operação está disponível na página da Copel Geração.
Qualidade da Água
A Copel realiza o monitoramento periódico da qualidade da água em todos os seus reservatórios, analisando mais de 25 parâmetros físicos, químicos e biológicos, além do acompanhamento qualitativo e quantitativo do fitoplâncton local.
A Copel também monitora contínua e periodicamente a qualidade das águas superficiais, o que
é iniciado antes mesmo da implantação do empreendimento e continuado durante a operação.
Essa atividade é executada de maneira sistemática desde 2003 em todos os reservatórios e rios
das usinas hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, centrais geradoras hidrelétricas e
usinas termelétricas, em atendimento às condicionantes das Licenças de Operação e ao definido
na Resolução ANA-Aneel nº 03/2010.
Os resultados do monitoramento são expressos por meio de três índices:
• IQA – Índice da Qualidade da Água
• IET – Índice de Estado Trófico
• IQAR – índice da Qualidade da Água de Reservatórios
O IQA e o IET se baseiam nas metodologias da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), enquanto o IQAR é calculado com base na metodologia do IAT. A periodicidade das
coletas e análises é trimestral, exceto para a UHE GBM onde são realizadas cinco campanhas por ano e o número de pontos monitorados depende do tipo e porte do empreendimento.
O acompanhamento da qualidade da água nos rios e reservatórios da Copel, com dados históricos de mais de uma década, têm servido à sociedade e, em especial, à comunidade científica, sendo utilizados em publicações acadêmicas, entre teses, dissertações, artigos científicos e capítulos de livros.
Atualmente a rede de monitoramento conta com 41 estações de monitoramento em 18 empreendimentos de geração, sendo 18 estações classificadas como estações de rio (montante ou jusante dos reservatórios) e 23 estações no corpo do reservatório.
Os resultados das campanhas de monitoramento alimentam um banco de dados e anualmente são enviados relatórios para o órgão ambiental e para a Agência Nacional das Águas.
Para saber mais sobre o Monitoramento da Qualidade da Água, acesse o programa aqui.
Barragens
As barragens são estruturas importantes para o negócio da Companhia, pois concentram a maior parte da capacidade de geração de energia. No entanto, como em qualquer obra de engenharia, apresentam risco intrínseco de falha associado a diferentes fatores, internos ou externos.
A fim de mitigar esses riscos e garantir a integridade das barragens sob sua responsabilidade, a Copel atua de forma preventiva por meio de critérios e procedimentos alinhados às melhores práticas de engenharia e à legislação vigente. As usinas hidrelétricas possuem Plano de Segurança de Barragem (PSB) e o Plano de Ação de Emergência (PAE), em conformidade com os parâmetros legais.